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| Imagem: Giovanna Cecchini |
Martin, o álbum “19 Vezes Amor”, de 2010, poderia ter sido teu primeiro lançamento como artista solo. Mas, ao invés disso, você preferiu lança-lo em dupla com o baterista Duda (Eduardo) Machado. O que mudou, ao longo desse tempo, e te fez assumir o “Quando Um Não Quer” para si?
Eu fiquei mais seguro. Escolhi lançar o “Dezenove” com Duda (meio contra a vontade dele, que achava que eu tinha que assinar o trabalho) porque tive receio dessa coisa de “disco solo”, foi uma bobagem, coisa de insegurança mesmo.
Diversos colaboradores estiveram contigo durante a produção desse novo álbum. Dentre eles, destacamos o Lira, que participou na faixa “Mesmo”. Como surgiu a ideia de realizar esse trabalho com o cantor pernambucano?
Sou um grande admirador do trabalho de Lira, curtia o Cordel do Fogo Encantado e adorei o disco solo dele. Já tinha essa música incompleta há um tempão e sempre pensei nele pra recitar as estrofes. Queria um lance com um carácter mais descritivo, uma espécie de “texto-retrato”, e ele é super bom nisso. A minha surpresa foi que ele acabou imprimindo uma interpretação mais melódica, quase cantada, como eu nunca o tinha visto fazer.
Notamos também os vocais do Fábio Cascadura em “Sun”. Pode nos falar um pouco sobre a escolha dele para dar voz a essa música?
Eu tinha essa base também há um tempão, gostava muito dela e nunca conseguia encaixar nada de letra/melodia. Tanto que eu gostava dela que resolvi gravar mesmo sem ter nada escrito ainda, e aproveitei uma vinda de Fábio pra São Paulo pra sequestrar ele e levar pro Costela (estúdio de Chuck Hipolito onde gravei todas as bases). Lá fez uma mágica que até hoje só vi ele fazer: sentou, escutou a música um tanto de vezes, rabiscou a letra e saiu cantando. Eu adorei o resultado e foi um puta prazer ter podido tocar essa música com ele a uns meses atrás num show que fiz abrindo pro Cascadura.
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